O Alzheimer é uma doença progressiva cerebral, capaz de destruir aos poucos a memória do paciente, resultando na dificuldade de aprendizagem, mudanças drásticas e repentinas de humor e dificuldades de reconhecer pessoas, situações e até mesmo de realizar tarefas simples do dia-a-dia. Muito comum em idosos, o Alzheimer também pode ter seu início precocemente, embora essa não seja a regra. No texto de hoje, vamos falar um pouco mais sobre a doença, quais são suas características e os fatores principais de risco. Veja abaixo!
O que é o Alzheimer?
Como falamos no início do texto, o Alzheimer é uma doença cerebral de avanço progressivo. Ela contém 4 estágios:
1- Estágio inicial ou leve:
Nesse estágio, o paciente começa a apresentar sintomas de perda de memória, até então considerados “leves”, pois na maioria das vezes, os familiares do indivíduo acham que é apenas uma condição natural da velhice. Começam a esquecer de informações simples, como conversas e eventos recentes. Também podem esquecer as etapas necessárias para atividades simples da rotina.
Os parentes normalmente são os primeiros a perceber essas mudanças. Portanto, se você conhece alguém que apresenta os mesmos sintomas, leve-o para um médico de confiança para realizar uma avaliação e receber um diagnóstico mais preciso.
2- Estágio moderado
No estágio moderado, ocorre uma acentuação maior do problema do esquecimento da realização de atividades diárias, assim como uma dificuldade significativa na linguagem e comunicação do paciente. O indivíduo começa a esquecer o nome de pessoas próximas e passa a precisar de um cuidador para acompanhá-lo 24 horas por dia.
A memória passa a ter piora progressiva e o paciente pode apresentar dificuldades para hábitos de higiene, ou realizar a mesma pergunta várias vezes, além de demonstrar mudanças drásticas de humor. Os sintomas são bastante confundidos com os sintomas do estágio grave, mas esse estágio é ainda mais intenso.
3- Estágio grave
O indivíduo não consegue fazer mais nada sem o auxílio de um cuidador, nem mesmo se alimentar, falar ou fazer as suas necessidades urinárias e fecais. Não entende mais as situações cotidianas, muito menos reconhece os seus próprios parentes. A pessoa que existia naquele corpo já não está mais ali, pois o seu cérebro já está totalmente comprometido.
4- Estágio terminal
No estágio terminal, a doença causa a morte das células nervosas, o que é um dano irreversível. Causa o encolhimento do cérebro, até afetar todas as suas funções.
O Alzheimer, infelizmente, acaba com a personalidade e individualidade do paciente. Ele já não tem mais memórias afetivas, e muito menos compaixão e amor pelos entes próximos. Mães com Alzheimer passam a não reconhecer os filhos, maridos passam a não reconhecer a mulher…
Quem tem um parente ou amigo vítima do Alzheimer, sabe o quão triste é observar uma pessoa querida sendo destruída aos poucos pela condição. A possibilidade de ser vítima do Alzheimer é um grande medo e preocupação de diversas pessoas. Existem diversas dúvidas relacionadas ao assunto, como: “se um parente meu teve Alzheimer, significa que também terei?” “O que posso fazer para ter uma velhice livre da doença?”
Neste artigo, tiraremos as principais dúvidas, apresentando os 10 maiores fatores de risco para o Alzheimer. Vamos continuar a leitura!
Quais são os fatores de risco para o Alzheimer?
Acompanhe a lista que preparamos com os 10 principais fatores de risco para o surgimento e desenvolvimento do Alzheimer:
1 – Envelhecimento
O envelhecimento é o principal fator de risco para o Alzheimer, principalmente após os 65 anos de idade. Após os 85, o risco aumenta ainda mais. Porém, não é um fator definitivo! Indivíduos com idade mais avançada não necessariamente desenvolverão o Alzheimer, mesmo que apresentem problemas de memória. Afinal, eles são comuns a partir de uma certa idade. Mas é necessário realizar consultas médicas frequentes, para obter um diagnóstico específico.
2- Histórico familiar
Se você possui casos de Alzheimer dentro da sua família, pode ser um fator de risco para que você também desenvolva a doença. Portanto, existe, de fato, uma hereditariedade. O indivíduo que tem um histórico familiar da doença, pode desenvolvê-la antes dos 65 anos de idade.
Quando há um caso de Alzheimer em uma família, é essencial que todos os parentes conheçam a doença e se previnam na medida do possível. Afinal, este não é um fator definitivo – se um familiar seu teve a doença, não significa que você obrigatoriamente também terá. Por isso, fique tranquilo, pois existem formas de prevenção, apesar de elas não serem exatamente garantias. Quando se trata do Alzheimer, é tudo muito incerto.
Uma forma de prevenir a doença, é buscar estar sempre aprendendo coisas novas e exercitando o cérebro. O cérebro também pode atrofiar, e a baixa atividade dos neurônios é um dos fatores de risco da doença (discorreremos mais sobre isso no artigo).
É necessário tomar esse cuidado principalmente na velhice. Você pode jogar jogos focados em desenvolver estratégias, ou ir para o seu trabalho, ou qualquer outro local que compareça frequentemente, por um caminho desconhecido. Tudo isso exercita o seu cérebro, e pode prevenir o desenvolvimento do Alzheimer.
3- Baixa escolaridade
Como dito acima, a baixa estimulação cognitiva ao longo da vida é um dos principais fatores de risco para o Alzheimer, e também para outras demências. É importante sempre exercitar a mente e aprender coisas novas.
Desenvolva o hábito de ler, escrever, fazer desafios variados, jogue jogos estimulantes como quebra-cabeças e palavras cruzadas, e mantenha cada vez distância das televisões ao longo do envelhecimento.
Ao passar dos anos, exercitar o cérebro se torna cada vez mais importante e essencial para a prevenção da doença.
4- Distúrbios de sono
O sono é essencial para um bom funcionamento do cérebro, pois é responsável por guardar memórias e aprendizados do dia. Problemas de insônia podem comprometer a qualidade das funções cerebrais. Um sono não regulado pode aumentar as chances do desenvolvimento da doença, assim como a baixa estimulação cognitiva.
5- Sedentarismo
As atividades físicas, quando realizadas com frequência, podem preservar a cognição. Afinal, o nosso organismo funciona em conjunto, e o bem estar de uma região afeta positivamente outras regiões do corpo.
Manter uma rotina de exercícios físicos previne a deterioração cerebral, e também promove a formação de novas conexões entre os neurônios. Assim como os outros fatores de risco, o sedentarismo não é, de forma alguma, um fator definitivo. Mas ele pode contribuir com o desenvolvimento do Alzheimer, por isso, é importante prestar atenção nesse quesito para uma prevenção realmente efetiva.
6- Obesidade
A obesidade e o sedentarismo estão relacionados, e ambos contribuem para o desenvolvimento do Alzheimer, mas não pelo mesmo motivo. No caso da obesidade, funciona da seguinte forma: quanto maior o peso do indivíduo, menor será o fluxo sanguíneo e a atividade cerebral, aumentando as chances do desenvolvimento da doença.
Por isso, cuidar da sua alimentação e da sua rotina de atividades físicas, procurando manter-se no peso ideal, é essencial para a prevenção não apenas do Alzheimer, mas de diversas outras doenças.
7- Tabagismo
O fumo também é considerado um fator de risco para o desenvolvimento do Alzheimer, pois contribui com o estresse e com inflamações, e ambos têm ligação direta com o aparecimento da doença. O tabagismo tem uma forte ligação com a atrofia do hipocampo, aumentando as chances de ter Alzheimer e também doenças cardiovasculares.
O hábito de fumar, sem dúvidas, oferece apenas malefícios para a saúde humana, portanto, para prevenir o risco da doença, é importante largar esse hábito tão destrutivo! Não é um fator definitivo, assim como todos os outros fatores de risco da lista.
8- Diabetes
A diabetes afeta a estrutura cerebral e as suas funções, principalmente a diabetes tipo 2. De forma muito mais rápida do que em indivíduos que não contém a doença! E também contribui para outros tipos de demências.
Portanto, se você é portador de diabetes, é importante estar sempre exercitando o cérebro e fazer consultas frequentes ao seu médico de confiança.
9- Genética
Estudos comprovam que existem diversas variações genéticas que podem contribuir para o aparecimento do Alzheimer. Existem também os genes determinísticos que, infelizmente, garantem que aquele indivíduo desenvolverá a doença. Mas a boa notícia é que tais genes são raros, estando presentes em apenas 1% dos indivíduos diagnosticados com o Alzheimer.
10 – Doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares também são fatores de risco para o Alzheimer, o que é bem intuitivo. Afinal, o coração é responsável por bombear sangue para o resto do organismo, e o cérebro obtém dele o oxigênio e nutrientes necessários para o seu funcionamento. É algo intuitivo pois vários dos fatores de risco mencionados na lista desencadeiam problemas no coração, como o fumo, a obesidade, a diabetes e o sedentarismo.
Conclusão
As melhores formas de prevenir o desenvolvimento do Alzheimer são:
- Os exercícios mentais, os novos aprendizados e qualquer coisa que influencie positivamente a cognição.
- E cuidar da saúde. Realizar atividades físicas com frequência, manter uma boa alimentação, uma boa rotina de sono, e largar vícios destrutivos, como o fumo.
Lembrando que nada garante que aquele indivíduo estará livre da doença, mesmo tomando todos os cuidados descritos no artigo. Se previna, mas saiba que o Alzheimer ainda é incerto, sendo considerada uma doença misteriosa até para os cientistas e neurologistas. Procure um médico de confiança se suspeitar de algum sintoma!
Gostou das informações de hoje? Compartilhe!